segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alimentação dos animais no período seco

     Na região Nordeste do brasil, ocorrem duas estações climáticas, uma estação úmida ou estação das chuvas, com duração de quatro a seis meses, e uma estação seca que dura de seis a oito meses. Durante a estação úmida, as chuvas permitem a renovação das pastagens, garantindo alta produção de forragem e de elevada qualidade. Por outro lado, durante a estação seca, com a falta de chuvas, as pastagens não são renovadas, isso leva a uma queda na produção das forragens para os animais. Em conseqüência, na estação mais seca, as pastagens são escassas e de baixo valor nutricional, o que leva uma alta perda de peso e aumento da taxa de mortalidade do rebanho.
     Nessa época, é necessário compensar a escassez de alimento para os animais através de alternativas de alimentação. Dentre as diversas alternativas tecnicamente viáveis para assegurar um melhor padrão alimentar dos rebanhos durante a época de escassez de forragem, a utilização de capineiras e dos bancos-de-proteína é uma ótima alternativa para diminuir o deficiência nutricional do rebanho no período seco.
Capineiras
      O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.), devido ao facilidade do plantio, e alta produção de matéria seca, bom valor nutritivo, resistência a pragas e doenças, além da boa palatabilidade, tem sido muito utilizado na  formação de capineiras.
       A capineira deve ser implantada em terreno plano ou pouco inclinado, com boa drenagem e próximo ao local onde vão ser oferecido aos animais. Em media, um hectare de capineira, bem manejada, pode fornecer forragem para alimentar 10 a 12 vacas durante o ano.
         O plantio deve ser realizado no início do período chuvoso. As mudas devem ser retiradas de plantas com idade entre 3 e 12 meses. Deve-se aparar as plantas e retirar as folhas para que ocorra uma melhor brotação. A quantidade de mudas necessárias para o plantio varia de acordo com o espaçamento. 
       O primeiro corte após o plantio deve ser realizado quando as plantas estiverem bem entouceiradas, o que ocorre cerca de 90 dias após o plantio. Os cortes devem ser realizados a intervalos de 45 a 60 dias ou quando as plantas atingirem de 1,5 a 1,8 m de altura (Gonçalves & Costa, 1986a,b).
    A altura de corte em relação ao solo depende do nível de fertilidade e umidade do solo. Quando as condições para as brotações basilares forem satisfatórias (solo bem adubado ou de alta fertilidade natural), o corte pode ser feito rente ao solo; caso contrário, deve ser efetuado entre 20 a 30 cm acima do solo (Gonçalves & Costa, 1986c). 

Banco de proteína
    São áreas formadas com forrageiras de alto valor proteico, geralmente leguminosas, para serem usadas como suplementação na alimentação dos animais, principalmente durante o período seco. Podem ser usadas em pastejo direto pelos animais, fornecidas no cocho na forma de feno ou como forragem verde.
       Uma forrageira muito utilizada na formação de banco de proteína é a leucena. Essa leguminosa é uma planta perene, rica em proteína (acima de 20%) e muito apreciada pelos caprinos e ovinos. Desenvolve-se bem em solo de boa fertilidade. O banco de proteína, utilizando-se a leucena, pode ser formado por mudas ou sementes plantadas diretamente no local.



Nenhum comentário:

Postar um comentário